Google X. Você já ouviu falar desse projeto? Se não, é melhor iniciarmos este artigo deixando claro que o antigo “Google X” agora é chamado apenas de “X”, e que não mais é um projeto, e sim uma empresa da Google.
E por que uma empresa tão bem-sucedida e presente literalmente no mundo inteiro criaria outra? Seria uma tentativa de criar algo superior ao que já é existente? Seria uma empresa que funcionaria como “backup” em um possível colapso da gigante Google?
Não, na verdade não é nenhum dos casos acima. X na verdade é uma empresa laboratorial da Google, onde o maior propósito é atingir objetivos considerados como impossíveis e ao mesmo tempo solucionar os maiores problemas da humanidade usando tecnologias totalmente novas e desconhecidas.
Apenas exemplificando para melhor entendimento, X já desenvolveu alguns projetos como: “Wing” o projeto de entrega por meio de drones, “Verily” que são lentes de contato que medem os níveis de glucose a partir das lágrimas de quem possui diabetes e uma tecnologia para estocar energia usando sal derretido chamada de “Malta”. E também têm feito tentativas, porém ultimamente abandonadas, de criar combustível de carbono neutro a partir da água dos oceanos e também de substituir navios de carga por dirigíveis de carga.
Notoriamente, X é uma empresa criada para constantemente inovar e para resolver problemas que atingem a humanidade de diversas maneiras, seja social, física ou economicamente falando. Pois como diz o atual CEO, Eric Teller: “Nós somos uma organização criativa, não uma organização tecnológica”.
E mesmo sem saber, todo dia você está utilizando algo que foi desenvolvido dentro da “X”, seja alguma ferramenta no seu celular, ou um tipo de sistema instalado em algum dispositivo que você tenha.
E recentemente o principal objetivo da “X” não é criar novos produtos da Google, mas sim produzir invenções que possam formar a próxima Google. Ou seja, a “X” é uma empresa focada em projetos para as próximas décadas, projetos à frente do tempo, para que, quando for a hora certa, possam ter o brilho, destaque e usabilidade para a humanidade.
E se você está se perguntando se é a primeira vez em que uma empresa como a Google cria uma outra empresa laboratorial para testes, a resposta é não. No passado, nos Estados Unidos, as empresas “AT&T” e “Western Electric” criaram a “Bell Labs”, uma empresa constituída por cientistas e engenheiros, focada no avanço da telecomunicação.
E por meio desta, foram os criadores do primeiro transistor, além de muitas outras conquistas, das quais ao longo do caminho também foram dignas de prêmios Nobéis. Portanto, empresas laboratoriais existem desde muito tempo atrás, e têm se tornado algo muito comum atualmente, não apenas no setor privado, mas também em órgãos governamentais.
Mas voltando a empresa “X”, como funciona o processo de análise e aprovação de um projeto? Primeiramente, é importante ressaltar que existe uma equipe especializada em analisar projetos de uma forma crítica e profunda.
O primeiro passo é uma análise para saber se a ideia é realista e possível de produzir. Porém o segundo passo consiste em uma investigação mais crítica, onde a equipe se faz perguntas extremamente profundas sobre o projeto, imaginam e visualizam no extremo o projeto, fazendo perguntas como: “E se tudo desse errado? Ainda assim o projeto seria capaz de se reerguer e permanecer vivo?”
Para ficar mais claro, Eric Teller resume este segundo passo como ‘um olhar de uma maneira mais sistemática’. Poucos projetos sobrevivem à análise da equipe, para se ter uma noção, menos da metade dos projetos apresentados são aprovados para continuarem. Mas aqueles que sucedem ganham um nome, investimento e uma equipe em tempo integral.
Como você já pode perceber, a empresa “X” não é nada convencional, e a forma de se trabalhar em projetos também não. Na “X” as equipes são incentivadas a colocar em prática um princípio fundamental quando iniciam um novo projeto. Elas são incentivadas a colocar em prática o que chamam de: “Monkey First”.
Essa prática tem como base o seguinte cenário: Imagine que alguém te desafia a fazer um macaco ficar em pé numa tribuna e recite Shakespeare. Por colocar em prática o “Monkey First” você não iniciaria o projeto ensinando o macaco a ficar em pé numa tribuna, mas sim começando pela parte mais difícil que é ensiná-lo a falar. Sendo assim as equipes são encorajadas a possui uma performance incomparável e a atingir alvos (objetivos) em cheio.
E se falharem em atingir o alvo, o projeto encerra-se imediatamente. Por exemplo o projeto Foghorn, que tinha como objetivo transformar água oceânica em combustível, foi bem-sucedido em produzir o combustível, porém não de maneira barata e econômica. Dessa forma, “X” encerrou o projeto, publicou os achados como matéria científica e deu à equipe um bônus.
Algumas vezes projetos alcançam uma escala tão grande, que deixam de ser projetos da X e se tornam empresas independentes. Como é o caso das empresas “Waymo” (carros inteligentes e autônomos), “Malta” (empresa que estoca energia a partir do processo de derretimento de sal) e “Dandelion”.
Recentemente, a empresa X tem aumentado os esforços em combater problemas que possam assolar a humanidade, como o aquecimento global. Teller explica: “Aquecimento global é por qualquer padrão razoável, o maior problema que a humanidade enfrenta”. Tanto que para combater este problema novos projetos já estão em andamento, especialmente um com o foco na saúde dos oceanos. Mas também outros focados na agricultura, uma vez que o mercado é extremamente importante e lucrativo.
Nas palavras de Teller é uma das maiores indústrias do mundo!
Para resumir, a empresa X existe, principalmente, para produzir novas empresas. Empresas das quais serão responsáveis por solucionar não somente os atuais, mas também os futuros problemas que a humanidade enfrentará.
Mas é importante destacar que avanços inovadores, requerem imenso capital e criatividade, e talvez, o mais importante de tudo, paciência. “O verdadeiro teste é daqui 15, 20 anos, quando a poeira baixar e nós olharmos para trás. Como estaremos nos saindo?” Diz Teller.
Até lá, sempre haverá mais ideias malucas que valem o esforço da tentativa. “O mundo já possui mais do que o suficiente de problemas, infelizmente.”
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